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quarta-feira, 5 de setembro de 2012


O CHIMARRÃO
Não é por acaso que a cuia tem a forma de um coração. Quando os gaúchos se reúnem ao pé de um fogo de chão parece que estão adorando a cuia do mate que passa de mão em mão. E isso vem de longe, desde o Guairá, onde os jesuítas se encontraram a erva mate e o mate entre os índios guaranis. De lá para cá o mate ficou nos galpões, nos ranchos pobres, nas casas de estância, nas rondas de tropa, nos acampamentos guerreiros, no pouso dos carreteiros, na cidade e na colônia, nesta dando as primeiras boas vindas ao colono que chegava como irmão. Mate em cuia simples, mate de rico em cuia de prata e ouro, mate doce em cuia de porcelana. Pode-se dizer que corre nas artérias do Rio Grande de todas as etnias, uma seiva forte que explica a hospitalidade do gaúcho.

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